Notícias

Intenção de consumo das famílias tem terceira alta consecutiva

ICF indica crescimento de 0,2% em relação a setembro e alta de 7,7% na comparação anual - o maior patamar desde janeiro, de acordo com a CNC

A intenção de gastos das famílias brasileiras continua em crescimento, em outubro. O índice Intenção de Consumo das Famílias (ICF), medido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), apresentou a terceira alta seguida, com aumento de 0,2% em relação a setembro, chegando a 93,3 pontos. Na comparação com outubro de 2018, a evolução foi ainda maior: 7,7%.

O resultado positivo reforça tendência de alta projetada pela CNC para o segundo semestre do ano, após longo período de queda do índice, que durou de março a julho.

“O ICF está refletindo uma melhora gradual da economia, com inflação baixa, juros primários em queda e a reação do mercado de trabalho”, destaca José Roberto Tadros, presidente da CNC.

O recuo da inflação contribuiu também para a melhora do poder aquisitivo. Prova disso é o crescimento do subindicador Renda Atual (0,1%). Nesse contexto, 35,9% das famílias estimam que o orçamento melhorou em outubro, contra 31,6% no mesmo mês de 2018.

Os subindicadores Momento para Duráveis (3,1%) e Perspectiva Profissional (0,7%) foram os destaques positivos. Por outro lado, as percepções com relação à Perspectiva de Consumo (-1,7%) e Emprego Atual (-0,4%) apresentaram-se negativas.

Especificamente sobre a avaliação das famílias quanto à Perspectiva de Consumo, apesar de ter apresentado a maior variação negativa do mês, houve melhora na comparação com 2018 (11,8%). Nesse sentido, em outubro de 2019, 33,7% das famílias reconhecem que as perspectivas de compra são maiores, contra 27,1% no último ano.

Além de Perspectiva de Consumo, outros dois itens se destacaram na comparação anual: Momento para Duráveis (13,6%) e Compra a Prazo (12,0%).

“Os dados mostram que as famílias têm hoje uma situação mais favorável do que há um ano. Elas se mostram previdentes quanto ao desejo de adquirir bens, embora as perspectivas para o comércio pareçam ser alvissareiras neste fim de ano”, ressalta Antonio Everton, economista da CNC.

PÉS NO CHÃO

Apesar da terceira alta consecutiva, o indicador de outubro ainda encontra-se distante do maior patamar aferido em 2019 (fevereiro, com 98,5 pontos).

“Por mais que tenhamos a liberação dos recursos do FGTS e do PIS/Pasep e um cenário promissor, o crescente endividamento social e a lenta recuperação do mercado de trabalho podem fazer com que as intenções de compra sejam atenuadas”, diz o economista da Confederação.

voltar

Links Úteis

Indicadores diários

Compra Venda
Dólar Americano/Real Brasileiro 5.7947 5.7965
Euro/Real Brasileiro 6.0976 6.1125
Atualizado em: 15/11/2024 12:56

Indicadores de inflação

08/2024 09/2024 10/2024
IGP-DI 0,12% 1,03% 1,54%
IGP-M 0,29% 0,62% 1,52%
INCC-DI 0,70% 0,58% 0,68%
INPC (IBGE) -0,14% 0,48% 0,61%
IPC (FIPE) 0,18% 0,18% 0,80%
IPC (FGV) -0,16% 0,63% 0,30%
IPCA (IBGE) -0,02% 0,44% 0,56%
IPCA-E (IBGE) 0,19% 0,13% 0,54%
IVAR (FGV) 1,93% 0,33% -0,89%