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Expectativa de inflação para 2015 volta a subir e atinge 8,23%, aponta Focus

Caso se confirme, resultado ficará acima do teto da meta do governo, que é de 6,5%, e atingirá o maior patamar desde 2003.

Economistas de instituições financeiras voltaram a elevar a perspectiva para a inflação neste ano ao mesmo tempo em que pioraram o cenário sobre a atividade econômica, deixando inalterada a projeção para a Selic ao final do ano.

Segundo a Pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira, os especialistas veem agora o IPCA ao final de 2015 em 8,23%, ante 8,13% no levantamento anterior. Caso se confirme, o resultado de 8,23% ficará bem acima do teto da meta oficial do governo, que é de 6,5% no ano, e atingirá o maior patamar desde 2003, quando ficou em 9,3%. O centro da meta é de 4,5%.

Já a estimativa de avanço dos preços administrados neste ano, que exercem pressão importante sobre a inflação, se manteve em 13%. Em abril, o IPCA-15, prévia da inflação oficial, desacelerou a 1,07%, mas ainda assim registrou o maior nível em 12 anos para o mês. No acumulado em 12 meses, o índice teve o pior resultado desde janeiro de 2004, subindo 8,22%.

Já para o dólar, outro fator de preocupação no tocante à inflação, a estimativa para o final de 2015 caiu a R$ 3,21, na comparação com R$ 3,25 da semana anterior.

Para o final de 2016, o Focus mostra que a perspectiva para o IPCA foi mantida em 5,6%, com o dólar ao final do ano também não sofrendo alteração, a R$ 3,30. Já para os preços administrados, os economistas elevaram a projeção de alta em 2016 a 5,6%o, ante 5,5% anteriormente.

Em relação à atividade econômica, os especialistas veem agora contração de 1,03% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015. Na semana passada, a estimativa era de recuo de 1,01%.

De acordo com o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do BC, a atividade econômica brasileira avançou 0,36% em fevereiro sobre o mês anterior, um resultado melhor que o esperado mas que não indica um horizonte melhor para o crescimento do país daqui para frente na visão de economistas.

Para 2016, eles seguem enxergando expansão 1% por cento no PIB, repetindo percentual da semana anterior.

Diante de uma economia vacilante e com alto nível de inflação, os especialistas consultados no Focus também continuam vendo mais uma alta de 0,50 ponto percentual na Selic, atualmente em 12,75%, na reunião deste mês do Comitê de Política Monetária (Copom).

Também permaneceu sem mudanças a perspectiva de que a taxa básica de juros será elevada ainda mais uma vez, em junho, em 0,25 ponto, sofrendo corte em novembro para encerrar este ano a 13,25%.

Para 2016 a mediana das projeções aponta expectativa de que a Selic terminará a 11,5%.

O Top-5 de médio prazo, com as instituições que mais acertam as projeções, por sua vez, calcula a taxa de juros a 13,5% em 2015 e a 12% em 2016, projeções mantidas em relação à semana anterior.

Veja abaixo os dados sobre a expectativa do mercado, pela mediana das projeções:

2015 2016

Indicador Anterior Atual Anterior Atual

.IPCA 8,13% 8,23% 5,60% 5,60%

.Dólar (fim do ano) R$3,25 R$3,21 R$3,30 R$3,30

.Selic (fim do ano) 13,25% 13,25% 11,50% 11,50%

.Dívida líquida/PIB 38,00% 38,00% 38,90% 38,90%

.PIB (crescimento) -1,01% -1,03% 1,00% 1,00%

.Indústria (crescimento) -2,50% -2,50% 1,50% 1,50%

.Conta corrente (US$ bi) -77,00 -77,00 -70,00 -70,00

.Balança (US$ bi) 4,30 4,30 10,00 9,95

.IED (US$ bi) 56,00 56,00 59,00 58,50

.Preços administrados 13,00% 13,00% 5,50% 5,60%

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Atualizado em: 01/11/2024 07:24

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07/2024 08/2024 09/2024
IGP-DI 0,83% 0,12% 1,03%
IGP-M 0,61% 0,29% 0,62%
INCC-DI 0,72% 0,70% 0,58%
INPC (IBGE) 0,26% -0,14% 0,48%
IPC (FIPE) 0,06% 0,18% 0,18%
IPC (FGV) 0,54% -0,16% 0,63%
IPCA (IBGE) 0,38% -0,02% 0,44%
IPCA-E (IBGE) 0,30% 0,19% 0,13%
IVAR (FGV) -0,18% 1,93% 0,33%