Notícias
O que mais preocupa as empresas hoje? Resposta: o fator humano
Os dados estão na recente pesquisa conduzida pela consultoria PwC em conjunto com a Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV (EAESP-FGV), depois de tomar o pulso de 113 empresas de diferentes setores (quase um terço de pequeno porte) p
As empresas brasileiras têm dificuldade de encontrar profissionais qualificados porque não inovam no ambiente de trabalho? Ou deixam de inovar porque não encontram profissionais qualificados? Este dilema ganha força quando 73% de empresas colocam esta dificuldade como a tendência de maior impacto para a competitividade nos negócios no futuro próximo. E ao mesmo tempo assumem que não estão respondendo ao surgimento de novas expectativas e valores em relação ao trabalho – menos de 20% adota medidas de flexibilização de jornada e local de trabalho, meritocracia ou estímulo à diversidade e ao desenvolvimento da carreira.
Os dados estão na recente pesquisa conduzida pela consultoria PwC em conjunto com a Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV (EAESP-FGV), depois de tomar o pulso de 113 empresas de diferentes setores (quase um terço de pequeno porte) para averiguar com o que elas mais se preocupam.
Errou quem apostou em mudanças climáticas ou envelhecimento da população,temas sensíveis nos países desenvolvidos. O que preocupa mesmo as empresas brasileiras é emergência de uma nova força de trabalho no Brasil, mais preparada e conectada e menos disposta a se submeter a hierarquias e menos atraída pelos atrativos da estabilidade. De caça passaram a caçadores e colocam as empresas em xeque. Embora os chamados trabalhadores do conhecimento, os grandes promotores da mudança, ainda sejam uma minoria, a predominância de jovens neste cenário é inegável. Entre as empresas pesquisadas, 61% dos funcionários estão na faixa entre 18 e 35 anos e refletem o anseio por um novo ambiente de trabalho. Os entrevistados apontaram quais as expectativas chamam mais atenção e evidenciam um alto grau de cobrança sobre as empresas no que diz respeito à realização pessoal no trabalho, meritocracia e responsabilidade sobre suas carreiras.
Os pesquisadores constataram que a maioria de executivos está dividida entre a consciência da transformação vivida pelo mercado de trabalho e a incapacidade de promover mudanças. A justificativa mais apontada para o impedimento é o arcaísmo da legislação trabalhista brasileira, cujo custo elevado é considerado especialmente pernicioso para as micros e pequenas empresas. Cerca de 87% dos entrevistados consideraram que as grandes empresas no Brasil conseguem se organizar melhor do que as pequenas para cumprir a legislação, com reflexos na contratação e retenção de trabalhadores.
Essa justificativa, porém, não explica totalmente a impossibilidade de implantar algumas medidas inovadoras nas relações entre empresas e funcionários. É o caso do home work (trabalho remoto), já flexibilizado pela legislação, e de iniciativas como proporcionar equilíbrio entre vida pessoal e profissional e valorizar as diferentes gerações no ambiente profissional, fatores não passíveis de regulamentação. Esta atitude demonstra que, em alguns casos, o impedimento deve-se muito mais a uma questão de cultura empresarial do que de normativo.
As respostas sobre as dificuldades de lidar com a legislação brasileira evidenciaram um dado alarmante, de acordo com o levantamento –apenas 37% dos gestores entrevistados afirmam que as práticas de recursos humanos de suas empresas satisfazem integralmente os requisitos da legislação. Também foi considerado preocupante o amplo desconhecimento demonstrado sobre a legislação e sua aplicação.
O estudo completo "O futuro do trabalho: impactos e desafios para as organizações no Brasil" está disponível para leitura em http://www.pwc.com.br/pt_BR/br/publicacoes/servicos/consultoria-negocios/futuro-trabalho-impactos-desafios-organizacoes-brasil.jhtml
Links Úteis
Indicadores diários
Compra | Venda | |
---|---|---|
Dólar Americano/Real Brasileiro | 5.7624 | 5.7634 |
Euro/Real Brasileiro | 6.153 | 6.203 |
Atualizado em: 31/10/2024 06:26 |
Indicadores de inflação
07/2024 | 08/2024 | 09/2024 | |
---|---|---|---|
IGP-DI | 0,83% | 0,12% | 1,03% |
IGP-M | 0,61% | 0,29% | 0,62% |
INCC-DI | 0,72% | 0,70% | 0,58% |
INPC (IBGE) | 0,26% | -0,14% | 0,48% |
IPC (FIPE) | 0,06% | 0,18% | 0,18% |
IPC (FGV) | 0,54% | -0,16% | 0,63% |
IPCA (IBGE) | 0,38% | -0,02% | 0,44% |
IPCA-E (IBGE) | 0,30% | 0,19% | 0,13% |
IVAR (FGV) | -0,18% | 1,93% | 0,33% |